5º MÓDULO



 CURSO BÁSICO EM ROTINAS ADMINISTRATIVAS

PROJETO CAMINHANDO 2011
5º MÓDULO



Formação Profissional em Rotinas Administrativas 
Temas:
1.       Introdução a Contabilidade
  • Fundamentos da Contabilidade
·         Importância da Contabilidade para as empresas
  • Fluxo de Caixa
2.       Introdução a Logística
  • Conceito de Logística
  • Tipos de Transportes
  • Porto de Santos
  • Logística Reversa
  • Armazenagem
  • Programas de Qualidade










CAPÍTULO 11 - Tema: Contabilidade
F U N D A M E N T O S       D A        C O N T A B I L I L I D A D E
Principios Fundamentos da Contabilidade
Conceito
São os preceitos resultantes do desenvolvimento da aplicação prática dos princípios técnicos emanados da Contabilidade, de uso predominante no meio em que se aplicam, proporcionando interpretação uniforme das demonstrações financeiras.
Objetivo
Os princípios contábeis permitem aos usuários fixar padrões de comparação e de credibilidade em função do reconhecimento dos critérios adotados para a elaboração das demonstrações financeiras, aumentam a utilidade dos dados fornecidos e facilitam a adequada interpretação entre empresas do mesmo setor.
Enumeração
O Conselho Federal de Contabilidade, através da Resolução nº 750/93, determinou os seguintes Princípios Fundamentais de Contabilidade:

a. Princípio da Entidade

ü  – o patrimônio da entidade não se confunde com o de seus sócios ou acionistas ou proprietário individual.
ü  – a contabilidade é mantida para a empresa como uma entidade identificada, registrando os fatos que afetam o seu patrimônio e não o de seus titulares, sócios ou acionistas.
ü  – este princípio afirma a autonomia patrimonial evidenciando que este não se confunde com aqueles de seu sócios ou proprietários, no caso de sociedades ou instituições.

b. Princípio da Continuidade

ü  – pressupõe a continuidade indefinida das atividades operacionais de uma entidade até que hajam evidências ou indícios muito fortes em contrário. Por conseqüência, como as demonstrações financeiras são estáticas não podem e não devem ser desvinculadas de períodos anteriores e subseqüentes.

c. Princípio da Oportunidade

ü  – refere-se simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram e reconhecimento imediato de ativos e passivos nos registros contábeis, considerando-se, inclusive, para os casos em que não haja uma prova documental concreta, a possibilidade de uma estimativa técnica, razoável e objetiva, visando evitar o liberalismo por parte das pessoas.

d. Princípio do Registro pelo Valor Original

ü  – os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valore originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da entidade.

e. Princípio da Atualização Monetária

ü  – os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
ü  – indica a necessidade de reconhecimento da perda do poder aquisitivo da moeda sobre o valores que integram as demonstrações financeiras.
ü  – o objetivo do princípio da atualização monetária é, o de eliminar das demonstrações financeiras da entidade as distorções causadas pela desvalorização da moeda.

f. Princípio da Competência

ü  – as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se relacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.
ü  – as receitas e as despesas são atribuídos aos períodos de acordo com a real incorrência dos mesmos, isto é, de acordo com a data do fato gerador e não quando são recebidos ou pagos.

g. Princípio da Prudência

ü  – determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior valor para os componentes do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. – visa a prudência na preparação dos registros contábeis, com a adoção de menor valor par os itens do ativo e da receita, e o de maior valor para os itens do passivo e de despesa.

EXERCICIO (exercício de fixação no caderno)

1)      Quais são os princípios fundamentais da Contabilidade
2)      Para que serve a Contabilidade
3)      O que  difere o  Principio da oportunidade do Principio da prudência
4)      Defina com suas palavras o que você entendeu por contabilidade

1.                  Importância da Contabilidade para as Empresas

A contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio das empresas e das pessoas.
No mundo atual, as empresas necessitam da maior quantidade de informações possíveis, vindas de todos os ambientes com que ela se relaciona:
ü  - ambientes internos (colaboradores, diretores), e
ü  -ambientes externos (fornecedores, clientes, público em geral, meio econômico e político).

As informações vindas de profissionais da área contábil, através de seus relatórios e pareceres trazem inúmeras vantagens aos empresários, tais como a solução de problemas e tomada de decisão com segurança e confiabilidade ao empresário, firmando-se cada vez mais no mercado.

O profissional da área contábil deve ser explorado ao máximo dentro da empresa, ou em caso de terceirização em seu escritório, pois hoje, este profissional não é apenas um guarda-livros do passado, ele não serve apenas para preencher tributos e declarações para o fisco, não é um “Darfeiro”. O profissional da contabilidade moderna, deve ter o controle da saúde da empresa, tem que sentir os sintomas de desgastes e crises, deve prestar informações para o processo de tomadas de decisões e tem que participar ativamente da administração da empresa.
Primeiras Noções de Contabilidade
A função Controle
A função controle tem extrema importância, vejamos:
Se eu lhe perguntar hoje, qual seria o seu patrimônio você com certeza me diria que é tudo aquilo que você possui. Por exemplo: uma casa, um carro, uma ilha, um iate, etc ..., e um saldo de R$ 100.000,00 em sua conta bancária, suponhamos que a soma disso tudo totalize R$ 300.000,00.
Supondo que você não efetuou nenhum deposito e nem fez nenhum saque em sua conta bancaria, não comprou mais nenhum bem. Se eu lhe perguntasse qual seria o seu patrimônio daqui a um mês, qual seria a sua resposta? Os mesmos R$ 300.000,00 certo? Será que é mesmo?
E se o banco lhe debitar uma tarifa de R$ 1.000,00?
O que antes era R$ 100.000,00 (saldo do banco), agora passou a ser R$ 99.000,00, houve uma diminuição no seu patrimônio não? Seu patrimônio passou a ser de R$ 299.000,00 agora.


A função controle é assim parecida, só que na contabilidade o termo patrimônio compreende mais do que somente os bens, ele é assim conceituado:
Definição de Patrimônio, Bens, Direitos e Obrigações.
PATRIMÔNIO = conjunto de bens, direitos e obrigações.
BENS = qualquer coisa palpável, tipo um computador, prédio, casa, carro, dinheiro em sua mão, maquinas e etc ...
DIREITOS = valores que é seu por natureza, mais que está de posse de outra pessoa, tipo: uma venda feita a prazo (é direito seu receber esse dinheiro, como esse dinheiro ainda não esta contigo, ele não é um bem, e sim um direito, direito de recebe-lo), o dinheiro no banco (ele não esta com você) entre outros.
Podemos entender que o que diferencia BENS de DIREITO é a posse não? Pois na verdade tudo que esta nos dois exemplos acima podem ser avaliados em dinheiro, o que diferencia é se esta ou não com você.
E o que seria obrigações?
OBRIGAÇÕES = é o inverso de DIREITOS, ou seja é algo avaliável em dinheiro que não lhe pertence mais esta contigo, tipo:
COMPRA A PRAZO – seu fornecedor lhe vendeu mercadorias a prazo, é um direito dele receber e uma OBRIGAÇÃO sua pagar, em troca dessa OBRIGAÇÃO foi adquiriu mercadorias.
UM EMPRESTIMO – é um direito do banco ou financeira por exemplo e uma OBRIGAÇÃO sua pagar.
UM CARRO EMPRESTADO – é um bem de outra pessoa mais por algum motivo esta de sua posse.
Então o patrimônio na contabilidade é o conjunto desses 3 itens (BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES)
Com base nessa teoria acima, vamos mais uma vez ao exemplo acima, no caso do saldo bancário vamos supor que dos R$ 100.000,00, R$ 95.000,00 são de sua mãe que depositou esse valor na sua conta, ele (o dinheiro) passa então a não ser mais patrimônio seu, e sim de sua mãe, correto? Mais você tem a posse dele, afinal ele esta em sua conta, mais em contra-partida você também tem a obrigação de devolve-lo a sua mãe, logo você tem uma obrigação com ela.
Ora se você tem R$ 95.000,00 em sua conta e deve R$ 95.000,00 esses valores se anulam não?
Por isso a contabilidade considera as obrigações como parte do conjunto que perfazem o PATRIMONIO, para que você consiga apurar o seu PATRIMONIO LIQUIDO (veremos o conceito de PATRIMONIO LIQUIDO MAIS ADIANTE)
Parece até simples dizer que é isso que a Contabilidade faz não? Só que na contabilidade qualquer fato que altere ou não o seu patrimônio ele é registrado, e por escrito para não haver possibilidade de esquecimento, imagine a quantidade de transações que uma entidade faz por dia? Compras, vendas, trocas, pagamentos e outros.



EXERCÍCIO
  1. O que é Passivo?
  2. Defina Patrimonio, e o que é Patrimonio Liquido?
  3. O que representa o Ativo
  4. O que representa o Capital em um Balanço Patrimonial?
  5. Qual a diferença entre  Direitos e Obrigações?
  6. O que compreende Bens e Direitos
  7. O que é lucro nulo?


  1. Primeiras Noções de Balanço Patrimonial
Se você ficar controlando o seu patrimônio somente de cabeça, com certeza você nunca o terá controlado certinho. Para você pode até não fazer sentido ter tudo isso controlado Tim Tim por Tim Tim.
Só que para uma empresa isso faz muito diferença, afinal tem muitas pessoas interessadas no seu PATRIMONIO, se lembra da historio do amigo que lhe pediu dinheiro? É bem parecido. Só que nesse caso o interesse era seu.
Mais como a contabilidade faz esse controle patrimonial?
Primeiro ela registra esses dados, depois processa os relatórios e demonstrações. Uma das principais demonstrações é chamada de Balanço Patrimonial.
O Balanço Patrimonial é uma demonstração que evidencia todo o patrimônio de uma entidade em um determinado momento, ou seja ela vai mostrar todos os BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES numa certa data.
Mais para ficar mais apresentável, ao invés de misturar tudo, ela preocupou-se em deixar isso de uma maneira mais fácil de se entender.
O primeiro passo foi chamar de ATIVO o conjunto de BENS e DIREITOS e de PASSIVO suas obrigações ou deveres.
Mais para ficar mais bonito ainda ela resolveu que o ativo ficaria do lado ESQUERDO e o PASSIVO ficaria do lado DIREITO da demonstração (em alguns casos, por falta de espaço ao lado, ele pode aparecer abaixo).
Vamos exemplificar, para ficar mais fácil, imagine que você relacionou tudo o que você tem de direito e bens e tudo o que você tem de obrigação e relacionou assim papel:
DIVIDA COM CARTAO DE CREDITO – R$ 800,00
CARRO – R$ 15.000,00
COMPRAS COM CHEQUE PRE DATADO – R$ 550,00
DIVIDA DE EMPRESTIMO COM O TIO – R$ 372,00
DINHEIRO NO BANCO – R$ 15,00
DINHEIRO NA CARTEIRA – R$ 7,00
MEU COMPUTADOR – R$ 1.300,00
FINANCIAMENTO DO MEU CARRO (SALDO A PAGAR) – R$ 13.500,00
TELEVISAO DO QUARTO – R$ 350,00
COLECAO DE REVISTAS – R$ 100,00
DINHEIRO EMPRESTADO AO MELHOR AMIGO – R$ 80,00
E assim por diante.
Você até entende porque a lista acima não é exaustiva, agora vamos fazer como a contabilidade e organizar isso? Ficaria mais ou menos assim
 Ativo (Bens e Direitos)
Passivo (Obrigações ou Deveres)
Coleção de Revistas
100,00
Financiamento
13.500,00
Televisão do Quarto
350,00
Divida com o Tio
372,00
Computador
1.300,00
Cheques pré Datado
550,00
Dinheiro na carteira
7,00
Divida com Cartão
800,00
Dinheiro no Banco
15,00
 
 
Carro
15.000,00
 
 
Não fica mais fácil de se entender? Claro que sim. Mais isso porque você agora sabe que Ativo são bens e direitos e Passivo são obrigações e deveres.
Mas porque o ativo fica do lado esquerdo e o passivo fica do lado direito?
Porque ficou convencionado que seria assim, ou seja, um monte de gente se reuniu e disse a partir de hoje isso é assim e pronto.
Para que?
Para ficar mais fácil assim você sabe que tudo o que estiver do lado esquerdo desse relatório pertence ao Ativo e tudo que tiver do lado direito ao Passivo, assim passou a adotar esse método em vários paises, e não só no Brasil, até balanços internacionais são desta forma. Poucas são as exceções tais como a França (se eu não me engano).
Bom então o Balanço Patrimonial possui somente os grupos Ativo e o Passivo?
Não !!!
Ainda existe mais um grupo de Chamado de Patrimônio Liquido, que fica no lado do passivo, então a demonstração acima ficaria assim:
Ativo
Passivo + Patrimônio Liquido
Coleção de Revistas
100,00
Financiamento
13.500,00
Televisão do Quarto
350,00
Divida com o Tio
372,00
Computador
1.300,00
Cheques pré Datado
550,00
Dinheiro na carteira
7,00
Divida com Cartão
800,00
Dinheiro no Banco
15,00
 
 
Carro
15.000,00
 
 
Falamos que o Ativo são bens e direito, e o Passivo são as obrigações ou deveres, e o que seria o Patrimônio Liquido?
Bom o Patrimônio Liquido de uma empresa entre outras possibilidades que veremos mais adiante, se faz pelo seguinte: Quando se abre uma entidade/empresa ela precisa de dinheiro para as primeiras operações, esse dinheiro vem através dos sócios mediante a entrega de uma parcela de dinheiro para que a empresa possa começar a andar com as próprias pernas. Logo esse dinheiro não é da empresa e sim dos donos delas, logo ela tem um obrigação de devolver esse dinheiro aos sócios.
Mas se o que esta acima é verdade qual o sentido de se diferenciar Passivo do Patrimônio Liquido? Não é tudo obrigação?
Sim é tudo obrigação, mais tem um porém o que esta no Passivo vai ser exigido em alguma data tipo: o FINANCIAMENTO todo mês tem o seu prazo de vencimento, que é quando se exige uma parte desse valor, A DIVIDA COM O TIO da mesma forma, ou seja no dia combinado que você pagaria o seu tio ele pode te cobrar, O CHEQUE PRE DATADO também no dia combinado ele vai “bater” na sua conta, assim como A DIVIDA COM O CARTAO DE CREDITO no dia do vencimento da sua fatura o cartão estará lhe cobrando.
Já com as Obrigações do Patrimônio Liquido não, ou seja, o sócio deu dinheiro para a empresa mais não pode cobrar dela quando bem quiser, se não a empresa acabará. Pode até haver uma diminuição em seu valor, mais nunca será o dinheiro dado pelos sócios cobrando integralmente.
Então se fez necessário criar o Patrimônio Liquido para destacar que aquele valor não será cobrado ou exigido.
Assim sendo temos então 3 grandes grupos num balanço patrimonial ATIVO, PASSIVO e PATRIMONIO LIQUIDO.
Arrumando melhor o Balanço Patrimonial acima ficaria assim:
Ativo
Passivo
Coleção de Revistas
100,00
Financiamento
13.500,00
Televisão do Quarto
350,00
Divida com o Tio
372,00
Computador
1.300,00
Cheques pré Datado
550,00
Dinheiro na carteira
7,00
Divida com Cartão
800,00
Dinheiro no Banco
15,00
Patrimônio Liquido
Carro
15.000,00
XXXXXXX
XXX,XX
Eu disse que o relatório acima se chama BALANÇO PATRIMONIAL, patrimônio nos já sabemos o que é, e o que significaria o termo Balanço?
Balanço na Contabilidade tem o sentido de masculino de balança.
Bom balança traz logo uma idéia de medida de peso, ou se não tiver medindo a idéia de igualdade não?
O termo balanço na Contabilidade se equipara a igualdade, assim pressupõem se que o Ativo é igual a soma do Passivo mais o Patrimônio Liquido (A = P + PL).
Complicado não? Mais como assim o A = P + PL?
Na contabilidade nos trabalhamos com as chamadas partidas dobradas, o que seria isso? Quer dizer registramos o mesmo valor duas vezes mais em contas diferentes, ora se efetuamos o mesmo valor sempre duas vezes e em contas diferentes, por exemplo teremos 1.000,00 numa conta e 1.000,00 na outra conta certo? E assim por diante, você sempre registrara 2 valores iguais mais em contas diferentes. SEMPRE SEMPRE SEMPRE !!!!
Vamos exemplificar para ficar melhor.
Você montou uma empresa e para ela começar você entrou com a quantia de R$ 10.000,00 que foi depositada na conta da empresa.
Seu primeiro balanço após essa operação ficaria assim:
Ativo
Passivo
Deposito no Banco
10.000,00
 
 
 
 
Patrimônio Liquido
 
 
Capital Social
10.000,00
Vamos analisar o que aconteceu: 1.º Você deu a empresa R$ 10.000,00 para que ela tenha dinheiro para começar a trabalhar, esse primeiro dinheiro que o sócio coloca na empresa é chamado de CAPITAL SOCIAL. 2.º Em contra partida a esse registro houve um aumento de saldo no banco para R$ 10.000,00 (o mesmo valor em duas contas diferentes).
Lembre-se porque que o CAPITAL SOCIAL ficou no grupo do Patrimônio Liquido, porque ele não pode ser exigido por você se não a empresa acaba, a não ser que seja seu interesse em fazer isso. Mas vamos supor que não é.
Essa operação acima em termos técnicos é chamada de integralização de capital.
Vamos a segunda operação.
A empresa precisa de um carro para fazer as entregas, e compra um por R$ 2.000,00 e pagou com cheque para o mesmo dia.
O Balanço ficaria assim:
Ativo
Passivo
Deposito no Banco
8.000,00
 
 
Veiculo
2.000,00
Patrimônio Liquido
 
 
Capital Social
10.000,00
Você comprou um carro (um bem), então ele ficará em seu ativo, o valor dele foi de R$ 2.000,00, então você registra os R$ 2.000,00 sob o nome de veículos, para que? Para que quando as pessoas olhem para o seu balanço saibam que você possui um veiculo que custou R$ 2.000,00.
Mas você pagou esse veiculo com um cheque a vista, então o saldo que era de R$ 10.000,00 depois de pago o cheque ficou sendo R$ 8.000,00.
Se você somar todos os itens do seu ativo, ou seja, depósitos no banco + veiculo você tem R$ 10.000,00 no seu ativo e se você somar o conjunto do Passivo mais o Patrimônio Liquido você também tem R$ 10.000,00? É uma balança, uma igualdade que não se altera não é?
Vamos a terceira operação:
Para começar a vender você comprou mercadorias à vista pelo valor de R$ 2.000,00 também com cheque.




Então você adquiriu um bem (mercadorias), pagou com o dinheiro que estava no banco, vê se você não concorda comigo que ficaria assim:
Ativo
Passivo
Deposito no Banco
6.000,00
 
 
Veiculo
2.000,00
Patrimônio Liquido
Mercadorias
2.000,00
Capital Social
10.000,00

Lembre-se que você tinha R$ 8.000,00 na banco, que era os R$ 10.000,00 menos os R$ 2.000,00 que você pagou pelo carro.
Vamos a quarta operação:
Você viu que toda a hora que você quer comprar algo você precisa passar um cheque e resolve então deixar um dinheiro na empresa (chamado de Caixa), para que não haja mais esse inconveniente. Então você tira do banco R$ 500,00 e deixa ele dentro da empresa.
Seu balanço fica assim:

Ativo
Passivo
Deposito no Banco
5.500,00
 
 
Veiculo
2.000,00
Patrimônio Liquido
Mercadorias
2.000,00
Capital Social
10.000,00
Caixa
500,00
 
 
Some o Ativo e depois compare com o total do Passivo e veja que os valores ainda continuam a totalizar R$ 10.000,00 cada um.
Bom, com exceção da primeira operação, até aqui só fizéssemos operações que alterassem o ativo não foi? Isso foi para chamar a sua atenção de que o Deposito no Banco é um direito da empresa (o dinheiro esta lá mais na hora que você quiser pode saca-lo) e que o Veículo, as Mercadorias o dinheiro que esta dentro da empresa (Caixa) são bens que a empresa possui.
Vamos agora com mais cuidado a quinta e a sexta operação.
Quinta operação:
Você comprou mais R$ 2.000,00 de mercadorias só que dessa vez o seu fornecedor já olhou o seu balanço e viu que você tem condições de pagar esses R$ 2.000,00, então esse fornecedor lhe vendeu essa mercadoria a prazo com 30 dias para pagar.


Seu balanço fica assim:
Ativo
Passivo
Deposito no Banco
5.500,00
Fornecedores
2.000,00
Veiculo
2.000,00
Patrimônio Liquido
Mercadorias
4.000,00
Capital Social
10.000,00
Caixa
500,00
 
 
Percebeu que houve um aumento de R$ 2.000,00 em mercadorias e que também houve um aumento de R$ 2.000,00 em Fornecedores, este por ser uma obrigação ficou no passivo.
E porque ficou no Passivo e não no Patrimônio Liquido?
Porque com o passar dos 30 dias esse fornecedor vai te cobrar. E se ele vai cobrar não pode ficar no Patrimônio Liquido.
 Quanto fica a soma do seu Ativo?
Resposta: 5.500,00 + 2.000,00 + 4.000,00 + 500,00 = 12.000,00
 E quanto fica a soma do seu Passivo e mais o Patrimônio Liquido?
2.000,00 (Passivo) + R$ 10.000,00 (Patrimônio Liquido)
Resposta: 2.000,00 + 10.000,00 = 12.000,00
Agora tanto o ativo como o passivo passaram a totalizar R$ 12.000,00

 Sexta operação:
Você se deu conta que sem informática não dá para trabalhar, então resolve comprar um computador financiado, esse computador custou R$ 3.000,00.
Como fica o seu Balanço Patrimonial?
Ativo
Passivo
Deposito no Banco
5.500,00
Fornecedores
2.000,00
Veiculo
2.000,00
Financiamentos
3.000,00
Mercadorias
4.000,00
Patrimônio Liquido
Caixa
500,00
Capital Social
10.000,00
Computador
3.000,00
 
 
 
SOMA DO ATIVO
15.000,00
SOMA DO PASSIVO
15.000,00
 Analisemos juntos
 Você comprou um computador, logo é um bem seu então fica no ativo, só que você comprou ele financiado então também adquiriu uma obrigação, a de pagar as prestações desse computador.
 OBS.: Já coloquei o total do ativo e do passivo, para uma melhor analise.
 Vamos a ultima operação:
 Você pagou R$ 200,00 com o dinheiro que estava no banco a 1.ª prestação da compra do computador.
 Veja o Balanço:
 Ativo
Passivo
Deposito no Banco
5.300,00
Fornecedores
2.000,00
Veiculo
2.000,00
Financiamentos
2.800,00
Mercadorias
4.000,00
Patrimônio Liquido
Caixa
500,00
Capital Social
10.000,00
Computador
3.000,00
 
 
 
SOMA DO ATIVO
14.800,00
SOMA DO PASSIVO
14.800,00
 Vejamos
 Você pagou R$ 200,00 pela 1.ª prestação então você ficou com R$ 200,00 a menos no banco, em contra partida a sua divida do financiamento também diminuiu os mesmos R$ 200,00.
 Note que nessa operação houve uma diminuição no valor do ativo e do passivo

EXERCICIO
  1. Vamos parar por aqui, mais tente resolver as operações colocadas abaixo, faça como fizemos até agora a cada operação faça um balanço.
Operações
  1. Pagamento de mais R$ 200,00 da parcela do computador, com o dinheiro do caixa.
  2. Pagamento com cheque de R$ 500,00 para o fornecedor.
  3. Compra de moveis para o escritório, com cheque no valor de R$ 1.000,00.
  4. Aumento do Capital Social da empresa em R$ 3.000,00 o dinheiro ficou no caixa.
  5. Deposito de R$ 2.500,00 no banco.
  6. Pagamento de mais uma parcela do financiamento, mediante débito em conta.
  7. Pagamento de mais R$ 300,00 para o fornecedor


3.       Fluxo de Caixa
Fluxo de caixa é um instrumento gerencial que controla e informa todas as movimentações financeiras (entradas e saídas de valores monetários) de um dado período – pode ser diário, semanal, mensal, etc. O fluxo de caixa é composto dos dados obtidos dos controles de contas a pagar, contas a receber, de vendas, de despesas, de saldos de aplicações, e todos os demais que representem as movimentações de recursos financeiros disponíveis da organização.
De probloggers a musicos, todo profissional que atua de forma autônoma ou independente precisa saber controlar as entradas e saídas financeiras para poder maximizar o retorno e evitar problemas por não poder prever as sobras e faltas de disponibilidades.
O demonstrativo de fluxo de caixa também pode ser um instrumento contábil legal, contexto em que toma um aspecto mais formal e rígido. Se a sua intenção é realizar o controle contábil de uma empresa, para propósitos fiscais, societários ou outros, provavelmente a melhor alternativa é procurar orientação com um contabilista de sua confiança.
As linhas são muito importantes, e estão divididas em blocos. Vamos analisar uma a uma:

* Saldo inicial: é o valor disponível no início do período, correspondendo ao dinheiro que está “na gaveta”, ou no bolso, somado aos saldos das contas correntes disponíveis para saque. No fluxo de caixa, não são considerados nos saldos os valores que estejam imobilizados, ou os que estejam em aplicações consideradas indisponíveis para saque no período.
  • Bloco “Entrada”: nele constam as diversas categorias de entrada de dinheiro em caixa ao longo do período. Vendas à vista, cheques pré-datados que se tornem disponíveis ao longo do período, créditos de contas a receber (exemplo: depósitos de clientes referentes a transações realizadas anteriormente), ou o que for.
  • Total entradas: é a soma simples do bloco Entrada, corresponde basicamente ao dinheiro novo que entrou em caixa ao longo do período.
  • Bloco “Saídas”: aqui vão as diversas categorias nas quais você realiza pagamentos. Energia, telefone, manutenção de veículo, equipamentos, material de escritório, aluguel, condomínio, impostos, etc. Um aspecto essencial deste bloco é a inclusão do pró-labore, que no caso de um fluxo de caixa individual, corresponde ao dinheiro do empreendimento que é retirado para uso pessoal do empreendedor, como se fosse o seu salário – idealmente em parcelas fixas e periódicas, e sempre registradas.
  • Total Saídas: é a soma simples do bloco Saídas, corresponde basicamente ao dinheiro que saiu do caixa ao longo do período.
  • Saldo operacional: Corresponde ao Total Entradas menos o Total Saídas. É, portanto, o saldo de caixa referente exclusivamente ao período, sem considerar o saldo anterior que estava disponível. Pode eventualmente ser negativo – por exemplo, na data do pagamento do IPTU -, mas uma seqüência de saldos operacionais negativos sucessivos é sempre um grande sinal de alerta.
  • Saldo final: É a soma do Saldo Inicial com o Saldo Operacional, considerando os respectivos sinais, caso algum seja negativo. Basicamente, é o dinheiro que restou em caixa ao final do período, e é imediatamente transcrito como o saldo inicial do período seguinte.

EXERCICIOS:
1)      Vanessa trabalha numa empresa e sua tarefa e controlar o fluxo de caixa da recepção, hoje ao abrir  o caixa constatou que havia R$100,00,  o Office boy precisou ir ao banco pagar uma conta de água no valor de R$21,00. O chefe de Vanessa pediu para comprar um sanduiche e um suco que custou R$15,00. Vanessa comprou  10 canetas bic  que custaram 1,50 cada uma e comprou 3 cartucho de tinta que custaram 10,00 cada e  recebeu R$50,00 para lançar no caixa. Faça o quadro do fluxo de caixa e lance os dados (no caderno).


4.       Documentos da área
Cuidado com a documentação contábil.
Até hoje, a maioria das pequenas empresas fazem uso dos serviços das empresas de contabilidade para gerar as informações contábeis e fiscais e também do departamento pessoal, como as admissões, rescisões e outros. E há alguns anos o contador terceirizado era chamado de ‘guarda-livro’ e o motivo era simples: era ele o responsável pela guarda dos livros contábeis e fiscais gerados pelo registro da contabilidade da empresa..
Esta fase do “guarda-livro” acabou e hoje o contador deve ser um aliado e consultor do empresário, mas não sem deixar as obrigações contábeis e fiscais que a cada dia se avolumam ante às constantes mudanças nas regras e leis de toda ordem que vigoram no país. Só que o arquivo dos livros – e demais documentos como declarações e guias de recolhimentos – deve ficar por conta da empresa.
Nessa relação profissional, vários documentos são gerados e faz-se cada vez mais necessário que o empresário tenha a consciência que a responsabilidade pela guarda de documentos é da empresa e não do contador terceirizado. Em caso de troca de contador ou de fiscalização, os auditores fiscais multam a empresa, pela não entrega dos documentos, ou pela entrega deficiente. A documentação gerada pela empresa de contabilidade deve ser guardada e arquivada para futuras apresentações à fiscalização.
Se a empresa desejar trocar de empresa contábil deverá solicitar todos os documentos que porventura ainda estejam com o contador anterior para apresentar o que for necessário ao novo contratado. Os documentos podem ser devolvidos mensalmente pelo contador ou anualmente, geralmente após a emissão da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – DIPJ – que ocorre até o mês de junho do ano seguinte ao das ocorrências. É por essa época também que são gerados os livros contábeis como o Diário e o Livro Razão.
Protocolo
Sempre que enviar documentação à empresa contábil, registre um documento de protocolo – geralmente quem envia é quem emite – para o caso de precisar solicitar de algum documento que não esteja encontrando e saber se está mesmo em sua empresa ou no escritório do contador.
Pasta Inicial
Essa pasta deve conter todos os principais documentos que identificam a empresa: contrato social, alvará de estabelecimento, alvará sanitário, documentos pessoais dos sócios como identidade, CPF e comprovante de residência, procurações e outros alvarás especiais para o funcionamento.
Prazos de Guarda
A maioria das fiscalizações solicitam documentos de 5 anos fora o ano atual. A Previdência Social solicita que os documentos sejam guardados por 10 anos e os documentos relativos ao FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço devem ser guardados por pelo menos 30 anos.
Há, no entanto, alguns documentos que devem ser guardados até mesmo depois que a empresa for fechada – ficarão com o sócio que se responsabilizará por responder pela empresa – como é o caso dos registros de empregados. Portanto, por prudência, guarde tudo que for possível pelo tempo que a empresa existir.


Arquivos Digitais
Atualmente já é possível a guarda de documentos e declarações de forma eletrônica ou digital, mas gostaria de fazer um alerta: guarde esses documentos com os mesmos cuidados e organização que os documentos físicos, para facilitar a localização quando precisar utilizar.
Além disso, guarde os arquivos digitais em locais externos à empresa, para evitar perdas por problemas no computador, incêndios ou alagamentos. Já há atualmente discos virtuais de empresas sólidas com pagamento por menos de 5 reais mensais.
Documentos do Departamento Pessoal
Tenha sempre à mão o Livro de Registro de Empregados e o Livro de Inspeção. Esses documentos devem ficar sempre na empresa e se precisar enviar ao contador, a remessa de volta deve ser o mais imediato possível, já que são os primeiros a serem solicitados pelos fiscais do Ministério do Trabalho. Veja abaixo os demais documentos que devem ser arquivados organizadamente:
Folhas de Pagamento mensais Recibos: de Folha de Pagamento, das Férias, do 13º Salário, das Rescisões Contratuais. Guias de Recolhimentos de Impostos e Contribuições sociais: DARF do Imposto de Renda, Guias da Previdência Social (GPS), Guias do FGTS (GRF), Guias de Contribuição Sindical dos Empregados e a Patronal. Documentos do controle de ponto: livros de ponto, cartões ou relatórios emitidos pelo controle de ponto eletrônico, assinados sempre pelos empregados. GFIP – Relatórios de Informações ao FGTS e à Previdência Social, que é uma declaração mensal. Outras Declarações: Cadastro de Empregados e Desempregados (CAGED), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF).
Documentos Contábeis e Fiscais
A área contábil gera também livros e declarações, vejamos o que deve ser arquivado:
Livro Diário, registrado na Junta Comercial, que é o livro anual que registra as movimentações contábeis da empresa. Livro Razão, que é feito sempre junto com o Livro Diário, também anual. Livros de Entrada e Saída de Mercadorias, para fins de apuração do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias. Livro de Apuração do ISS Declarações – nem todas são devidas a todas as empresas, veja com o contador quais a sua empresa está obrigada: Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (DIPJ) ou do Simples Nacional, a Declaração dos Tributos e Contribuições Federais (DCTF), a Declaração sobre o PIS e a COFINS (DACON), Declarações aos fiscos estadual e municipal. Guias de Recolhimentos: do Simples Nacional (DAS), o DARF do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, do PIS e da COFINS do ISSQN e do ICMS, impostos municipal e estadual, respectivamente.
Com esses cuidados ficará fácil atender a uma fiscalização, a uma reclamatória trabalhista e até mesmo se for preciso trocar de contador, enviar todos os documentos para uma conferência ou auditoria. Lembre sempre que a guarda de documentos é uma obrigação da empresa, não do escritório contábil.

EXERCÍCIO
    1.  O que é o livro diário?
    2. O que você entende por Protocolo?
    3. O que arquivos digitais
    4. Quais são os prazos de guarda dos documentos?
    5. Qual a diferença de Passivo e Ativo
    6. O que é balanço patrimonial?
    7. O que é que Patrimonio Liquido?




CAPÍTULO 12 - Tema: Logística
L O G Í S T I C A

Logística Empresarial
A função da logística empresarial até pouco tempo atrás resumia-se na busca por redução de custos pelas empresas que dela faziam uso.
Atualmente o conceito difundido no meio empresarial objetiva a logística como uma ferramenta de integração que gerencia toda cadeia de suprimentos, cujo principal objetivo consiste em apoiar as empresas em suas decisões estratégicas, buscando atender de forma eficiente às necessidades do consumidor final.
É através do gerenciamento das ferramentas logísticas que empresas estão fidelizando seus clientes, criando barreiras à entrada de novos competidores, e principalmente desenvolvendo serviços específicos a cada necessidade que as asseguram maior competitividade.
Notadamente tem-se percebido que o ciclo de vida dos produtos está diminuindo e o serviço logístico reverso aplicado a serviço das organizações poderá desencadear o que se denomina “vantagem competitiva”, tanto ao prestador de serviço, quanto às empresas que dela fazem uso, uma vez que, aos produtos retornáveis ao seu ciclo produtivo de origem, seja por defeito, assistência técnica, reciclagem, descartabilidade, dentre outros fatores, possibilitará agregar algum tipo de valor que resultará em ganhos financeiros, ecológicos e sociais. Neste contexto, o presente estudo busca analisar através do Estudo de Caso da DHL o uso das ferramentas logísticas a serviço da organização, bem como identificar na logística reversa a possibilidade de se obter um diferencial competitivo.
A busca das organizações por vantagem competitiva no atual “mercado globalizado” tem levado empresas a elaborem melhores estratégias buscando maior eficiência em seus negócios, melhorado as relações estratégicas entre empresas, fornecedores, clientes e porque não dizer a sociedade como um todo. Daí, a importância do relacionamento entre os parceiros ser o melhor possível, pois contribui positivamente para a coordenação de ações entre ambos.
Através do gerenciamento das ferramentas logísticas, empresas estão fidelizando seus clientes, criando barreiras à entrada de novos competidores e, principalmente, desenvolvendo serviços específicos a cada necessidade dos clientes, assegurando maior competitividade empresarial. Diante disso, o estudo realizado pode ser definido como uma pesquisa exploratória, uma vez que se buscaram elementos em uma área ainda pouco explorada e com carência de dados bibliográficos. Logo, o escopo deste artigo consiste em diagnosticar se as organizações estão se utilizando das estratégias logísticas, com foco econômico, ambiental ou social.
As mudanças ocorridas no setor de distribuição nos últimos anos no Brasil, sobretudo a internacionalização e concentração no setor supermercadista, fez com que as empresas passassem a buscar diferenciais competitivos que permitissem manter ou ampliar seus mercados. Por isso este artigo procura abordar uma das ferramentas da gestão do varejo, dentro dos princípios adotados pelo ECR – Efficient Consumer Response. Trata-se do Gerenciamento por Categorias. Criado por iniciativa de grandes empresas de varejo dos EUA, no início da década de 1990, esta ferramenta vem ganhando aplicação crescente no mercado brasileiro.
O Gerenciamento por Categorias consiste em uma nova modalidade de relacionamento entre o fornecedor e o varejo, com a finalidade de prestar melhores serviços ao consumidor final. O presente estudo foi realizado no setor supermercadista, relacionando aspectos empíricos à teoria, procurando explicar como ocorre o processo de adoção dessa nova ferramenta e, identificando os benefícios advindos de sua prática, bem como apresentando alguns dos resultados alcançados.
A Logística do Comércio Exterior Brasileiro
O comércio exterior precisa de uma logística adequada para a colocação de produtos nos mercados demandantes. Além disso, os meios de transportes influenciam na formação dos preços e na competitividade dos produtos que são comercializados. Diante disso, apresentaremos uma breve análise da distribuição dos modais no comércio exterior brasileiro, apontando os mais utilizados em termos de valores e de quantidades transportadas.
MODAL AQUAVIÁRIO - A minha primeira abordagem será com relação às exportações do 1º quadrimestre de 2007, que apresenta a seguinte configuração.
Tabela 1 - Modais de Transportes das Exportações Brasileiras - 1º Quadrimestre de 2007
Código da Via
Descrição da Via de Transporte
Kg Líquido
US$
0
LINHA DE TRANSMISSAO
8.628.314,00
71.737.992,00
1
MARITIMA
134.034.385.656,00
38.251.871.501,00
2
FLUVIAL
3.339.213.739,00
284.563.823,00
4
AEREA
268.841.767,00
2.874.485.262,00
5
POSTAL
33.012,00
285.350,00
6
FERROVIARIA
199.183.623,00
119.167.759,00
7
RODOVIARIA
1.622.599.425,00
3.188.512.627,00
9
MEIOS PROPRIOS
400.492.159,00
1.657.876.764,00
Fonte : Sistema ALICE do MDIC
Vês-e pelos dados da tabela que o modal marítimo exerceu a liderança de utilização no 1º quadrimestre de 2007. Do ponto de vista das quantidades exportadas, a via marítima transportou 95,83%; já do ponto de vista dos valores, o modal marítimo enviou 82,35% das exportações brasileiras. Estudos recentes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior já indicam que o transporte marítimo é o mais utilizado no comércio internacional. Vê-se portanto, que os portos desempenham um papel importante como elo de ligação entre os modais terrestres e marítimos.
Algumas características apontam as vantagens que colocam o modal marítimo na liderança de uso das exportações brasileiras, a exemplo de algumas vantagens fundamentais como: maior capacidade de carga, carrega qualquer tipo de carga e tem o menor custo de transporte.
Mas este modal também apresenta algumas desvantagens, como : necessidade transbordo nos portos, distância dos centros de produção e menor flexibilidade nos serviços aliados e freqüentes congestionamentos nos portos.

Quando analisamos as exportações do ano de 2006, conforme dados da tabela 3, verifica-se que os resultados de 2007, apontam uma continuidade do ocorrido em 2006, quando o modal marítimo representou 95,78% das quantidades exportadas e 82,77% dos valores exportados.
Analisando uma série maior ainda, do período de 1996 a abril de 2007, conforme dados da tabela 4, verifica-se que o modal marítimo transportou 94,95% das quantidades exportadas e do ponto de vista de valor o marítimo, enviou 79,29% das exportações brasileiras. Na análise deste período mais amplo, podemos indicar uma hierarquia dos modais, com base nos valores de exportações que foram exportados.
O principal modal foi o marítimo, o segundo foi o modal rodoviário com 7,93%, em terceiro lugar ficou o modal aéreo com 7,01% das exportações, na quarta posição ficou o modal denominado de meios próprios, que geralmente é o rodoviário e ficou com 4,24% das exportações, em quinto lugar ficou o modal fluvial com 1,02%, na sexta posição tem-se o modal ferroviário com 0,27% das exportações, na sétima posição ficou o modal postal com 001% e na oitava posição o modal lacustre com 0,0003%.
Na análise das importações brasileiras no 1º quadrimestre de 2007, o modal marítimo também ficou na liderança de utilização, com um percentual de 88,05% das quantidades importadas e 69,03% dos valores importados, vê-se portanto, que a influência do modal marítimo é maior nas exportações em relação às importações brasileiras. Do ponto de vista das quantidades transportadas para o exterior, o modal fluvial ocupa a 2ª posição, porém nos valores fica apenas na 5ª posição.
Com isso, confirmam-se as considerações do MDIC de que o transporte fluvial ainda tem uma utilização muito pequena no Brasil, considerando-se o potencial das bacias hidrográficas brasileiras. Nas quantidades que chegam do exterior, ou seja, as importações, o modal fluvial ocupa apenas a 6ª posição entre os modais utilizados, já nos valores a posição é a 7ª, ou seja, o modal fluvial também é mais utilizado nas exportações do que as importações.
Sobre o modal fluvial, cabe comentar o porte dos portos brasileiros, que segundo metodologia de estudo elaborada pelo IPEA - Carlos Álvares da Silva Campos Neto (Brasília, 2006), classificam-se em :
Pequeno porte - são portos que apresentaram, em 2003,valores de comércio internacional (exportações e importações) até US$ 500 milhões.
Médio porte - são portos que apresentaram, em 2003, valores de comércio internacional acima de US$ 500 milhões, até US$ bilhões. 
Grande porte - são portos que apresentaram, em 2003, valores de comércio internacional acima US$ 5 bilhões.
A abordagem no modal aquaviário merece um destaque especial, pois o seu nível de utilização na corrente de comércio brasileiro é alto, portanto, necessita ter uma sintonia com as ocorrências de modernização global, pois a intensificação do comércio mundial, com respectivas modificações nas práticas mercantis, com destaque para o comércio internacional, estão a requerer um maior grau de competitividade.
Uma novidade neste aspecto é a utilização extensiva de contêineres para o transporte de carga. Hoje no Brasil, as mercadorias conteineirizáveis são transportadas através de modernos navios porta-contêineres, prática já existente nos principais países com forte atuação no comércio internacional.
Mas mesmo com este exemplo, têm-se que o Brasil ainda necessita avançar no acompanhamento das mudanças globais de tratamento de suas cargas, como é o caso da necessidade de modernização dos equipamentos utilizados na movimentação dos terminais.
MODAL FERROVIÁRIO – Este tipo de modal é muito utilizado na ligação de países limítrofes, porém não tem flexibilidade de percurso, pois possui caminho único. Além disso o intercâmbio ainda é baixo, só existe de forma efetiva com Argentina, Bolívia, Chile Paraguai e Uruguai.

Os dados do 1º quadrimestre de 2007 revelam que este modal foi responsável por apenas 0,26% das exportações em termos de valores e, do ponto de vista de quantidade, o modal ferroviário
transportou 0,14% das mercadorias. Do ponto de vista de classificação no 1º quadrimestre de 2007 nas exportações, o modal ferroviário fica apenas na 6ª posição.
Esta baixa utilização do modal ferroviário no comércio exterior brasileiro pode ser explicada por alguns aspectos que retratam a situação do setor no Brasil, a exemplo de: ativos operacionais com contínuo processo de degradação, incapacidade de investimento, pouca atenção na exploração empresarial do patrimônio não operacional e baixo nível de satisfação dos usuários.
Vê-se portanto, que há uma necessidade de integração das ferrovias e criação de corredores operacionais de transportes para atendimento das exportações e da nossa demanda interna, melhorando a produtividade do sistema e possibilitando a otimização dos recursos operacionais com vistas à redução dos custos de transportes e aumento da capacidade de cargas.
Além disso, outras ações são necessárias para que o sistema melhore como: integração das ferrovias com os demais modais de transportes com reduções de custos logísticos, ampliação da integração entre as malhas ferroviárias e ampliação da utilização do modal.
A análise dos dados das exportações do ano passado (2006), mostram que a utilização do modal ferroviário ficou em 0,26%, ou seja, o mesmo nível de utilização do 1º quadrimestre de 2007. No período mais ampliado (janeiro de 1996 a abril de 2007), o nível de utilização do modal ferroviário nas exportações foi de 0,27%, ou seja, sem nenhuma alteração e com baixíssimo nível de utilização.
Do ponto de vista das importações o percentual de utilização do modal ferroviário é menor ainda, no 1º quadrimestre de 2007 foi de 0,13%, no ano passado (2006), o percentual de utilização do modal ferroviário nas importações brasileiras foi de 0,17% e, no período ampliado de janeiro de 1996 a abril de 2007 foi de 0,20%. Neste modal os principais produtos transportados no mercado interno são : minério de ferro, produtos siderúrgicos e carvão, grãos e fertilizantes e outros granéis.
O transporte ferroviário é considerado um dos mais adequados para o transporte de mercadorias de baixo valor agregado e grandes quantidades, porém o modal ferroviário não é tão eficiente em agilidade como o rodoviário, em face de menor flexibilidade no trajeto e a maior necessidade de transbordo. Mas o Brasil como um país continental, poderia explorar bem mais este modal que é recomendado para grandes distâncias.
MODAL AÉREO – este é o modal de transporte mais adequado para as mercadorias de alto valor agregado, em pequenos volumes e com urgência de entrega. Pois este é o modal de transporte mais rápido, porém tem uma menor capacidade de carga e em geral o frete é o mais caro em relação aos demais modais.
No comércio exterior brasileiro, muitos ainda imaginam que o modal aéreo ainda é muito pouco utilizado, porém os dados das importações de janeiro de 2006 até abril de 2007 revelam que é o segundo modal mais utilizado nas importações brasileiras em termos de valor, ficando atrás somente do modal marítimo e apresentando um índice de 24,80% em termos de valor, porém quando analisamos as quantidades de mercadorias trazidas pelo modal aéreo, percebe-se um percentual de apenas 0,20%. Esta é a prova de que o modal transportou produtos de alto valor agregado.
Do lado das exportações o modal aéreo apresenta-se na 3ª posição, considerando-se o período de janeiro de 1996 a abril de 2007, com um percentual de uso de 7,01% na base de valor, mas de apenas 0,14% das mercadorias em termos de peso, revelando que é o modal que utilizamos para enviar mercadorias mais nobres. Registre-se que o modal aéreo também apresenta a vantagem de possuir um processo de movimentação e armazenagem em áreas alfandegadas mais eficientes, conseguindo possuir o menor ciclo logístico entre os modais.
MODAL RODOVIÁRIO – o modal rodoviário no Brasil apresenta um quadro precário que implica no aumento  dos custos de manutenção e perdas de tempos nos processos logísticos, porém ainda é um modal muito utilizado no transporte interno e também  bem utilizado no comércio exterior brasileiro.
Do lado das importações brasileiras no período de janeiro de 2006 até abril de 2007 revela que o modal rodoviário responde por 6,48 das importações brasileiras e 5,30% em termo do peso das mercadorias.
É o modal que ocupa a 3ª posição no perfil logístico de importações. Já nas exportações (no período de janeiro de 1996 a abril de 2007), o modal rodoviário ocupa a 2ª posição entre os modais de exportações do Brasil, o modal transporta em termos de valor 9,73% das mercadorias brasileiras comercializadas para o exterior e apenas 1,31% do ponto de vista de peso, com isso, percebe-se que também no modal rodoviário, do ponto de vista de cenário internacional, existe um maior valor agregado das mercadorias transportadas.
Além disso, podemos destacar algumas vantagens do modal rodoviário, a exemplo de ter simplicidade no atendimento de demandas e com agilidade no acesso às cargas, um menor manuseio de carga e menor exigência de embalagem, é um modal que pode ser interligado facilmente com outros modais, facilitando e possibilitando a intermodalidade e multimodalidade, possibilidade de entrega direta ao comprador ou vendedor, possibilitando uma maior comodidade para os exportadores e importadores.
Mas o Brasil por ser um país continental vem perdendo competitividade pelo uso mais intensivo deste modal, pois ele é menos competitivo em longas distâncias e, em alguns casos, possui um frete mais caro.  Neste modal, o veículo mais utilizado é o caminhão tradicional ( o chamado veículo fixo com carroceria aberta em forma de gaiola ou fechados com a forma de baú. Além dos caminhões também são utilizadas carretas, cegonheiras, treminhões, etc.
MODAL DUTOVIÁRIO –  este é um modal muito pouco conhecido e utilizado no comércio exterior brasileiro. No período de janeiro de 1996 a abril de 20007, nas importações brasileiras, este modal foi responsável por 0,63% das importações em termos de valor e por 3,25% das importações do ponto de vista de peso. Já nas exportações o uso do dutoviário não existe.
Este é um modal que utiliza a força da gravidade ou pressão mecânica, para através de dutos realizar o transporte de granéis, vale registrar que é um transporte que não causa poluição, não congestiona e é relativamente barato.
De acordo com estudos do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no Brasil, os principais dutos existentes são os seguintes :
Gasodutos – para o transporte de gases, destacando-se a recente construção do gasoduto Brasil-Bolívia, com quase 200 Km de extensão, para o transporte de gás natural
Minerodutos – aproveita a força da gravidade para transportar minérios entre as regiões produtoras e as siderúrgicas e os portos e.
Oleodutos – utilizam o sistema de bombeamento para o transporte de petróleos brutos e derivados aos terminais portuários ou centros de distribuição
No comércio exterior que envolve o transporte internacional com os seus desdobramentos em pré-transporte (frete interno e na origem), o transporte internacional propriamente dito e o pós-transporte (frete interno no destino), o grande desafio é a implementação da multimodalidade nos transportes, possibilitando que os serviços de consolidação e desconsolidação e movimentação das cargas sejam mais eficientes, possibilitando uma redução do custo Brasil e oferecendo um novo cenário nas dificuldades logísticas enfrentadas pelos empresários que participam das relações comerciais internacionais, convivendo com outras dificuldades externas aos problemas logísticos locais, o desafio está lançado e que a multmodalidade possibilite também uma melhor distribuição na utilização dos modais de transpor do comércio exterior brasileiro.
Tabela 2 – Modais de Transportes das Importações Brasileiras – 1º Quadrimestre de 2007
Código da Via
Descrição da Via de Transporte
Kg Líquido
US$
0
LINHA DE TRANSMISSAO
2.862.823,00
10.759.608,00
1
MARITIMA
31.588.113.535,00
23.100.855.644,00
2
FLUVIAL
52.305.605,00
39.793.385,00
3
LACUSTRE
6.911.642,00
1.532.185,00
4
AEREA
76.344.803,00
7.783.695.472,00
5
POSTAL
13.753,00
2.164.208,00
6
FERROVIARIA
95.416.849,00
44.455.073,00
7
RODOVIARIA
1.708.962.306,00
1.841.861.318,00
8
TUBO-CONDUTO
2.342.709.511,00
446.772.459,00
9
MEIOS PROPRIOS
2.593.669,00
191.447.179,00
Fonte : Sistema ALICE do MDIC
Tabela 3 – Modais de Transportes das Exportações Brasileiras – 2006
Código da Via
Descrição da Via de Transporte
Kg Líquido
US$
0
LINHA DE TRANSMISSAO
14.508.925,00
147.916.938,00
1
MARITIMA
406.465.824.035,00
114.061.213.273,00
2
FLUVIAL
10.656.184.161,00
888.499.003,00
4
AEREA
665.531.790,00
8.875.686.078,00
5
POSTAL
151.913,00
19.607.148,00
6
FERROVIARIA
637.862.283,00
358.431.036,00
7
RODOVIARIA
4.786.037.151,00
8.946.976.099,00
9
MEIOS PROPRIOS
1.163.313.255,00
4.509.139.956,00
Fonte : Sistema ALICE do MDIC




Tabela 4 – Modais de Transportes das Exportações Brasileiras – 1996 a Abril/2007
Código da Via
Descrição da Via de Transporte
Kg Líquido
US$
0
LINHA DE TRANSMISSAO
276.527.415,00
1.933.419.510,00
1
MARITIMA
3.169.743.641.665,00
671.072.639.376,00
2
FLUVIAL
97.836.984.482,00
8.641.327.270,00
3
LACUSTRE
9.573.203,00
2.654.112,00
4
AEREA
4.681.202.051,00
59.370.679.939,00
5
POSTAL
107.093.989,00
86.881.169,00
6
FERROVIARIA
4.216.433.760,00
2.257.129.897,00
7
RODOVIARIA
43.787.574.296,00
67.136.595.838,00
9
MEIOS PROPRIOS
17.709.879.760,00
35.902.775.346,00
Fonte : Sistema ALICE do MDIC














Site de pesquisa: www.guialog.com.br /Sauminéo da Silva Nascimento/Especialista em Comércio Exterior, Economista, Pós-Graduado em Comércio Exterior pela Universidade Católica de Brasília, Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe, pós-Doutorando em Comércio Exterior pela American World University - AWU e Diretor de Planejamento e Articulação de Políticas da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE. ssn@sudene.gov.br
CAPÍTULO 12.1 - Tema: Meios de Transportes
M E I O S      D E     T R A N S P O R T E S

Principais meios de transporte de carga
Os principais meios de transporte de carga que são utilizados para levar as mercadorias de um lugar para outro, são os trens, os caminhões, os navios e os aviões.
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Trem de cargas
Caminhão de cargas
Navios de cargas
 Aviões de Carga
Trens
Os trens são meios de transportes rápidos e baratos muito utilizados para transportes dos mais diversos tipos de mercadorias, pois é possível levar grande quantidade de produtos de uma só vez, em seus vagões.
Os Caminhões
Em relação a outros meios de transporte, pelas rodovias os caminhões levam pequena quantidade de produtos, porém chegam a lugares onde os outros meios de transporte não conseguem chegar.

Os Navios
Os navios também podem transportar muitas mercadorias, desde grãos de cereais até automóveis. Os produtos são armazenados em caixas especiais e seguras chamadas contêineres.

Aviões
Os aviões são usados principalmente para transportar produtos de pequeno volume e alto valor. É um dos mais caros meios de transporte, porém é o mais rápido.





CAPÍTULO 12.2 - Tema: Porto de Santos
P O R T  O      D E      S A N T O S


História do Porto de Santos

O marco oficial da inauguração do Porto de Santos é 2 de fevereiro de 1892, quando a então Companhia Docas de Santos - CDS, entregou à navegação mundial os primeiros 260 m de cais, na área, até hoje denominada, do Valongo. Naquela data, atracou no novo e moderno cais, o vapor "Nasmith", de bandeira inglesa.

Com a inauguração, iniciou-se, também, uma nova fase para a vida da cidade, pois os velhos trapiches e pontes fincados em terrenos lodosos, foram sendo substituídos por aterros e muralhas de pedra. Uma via férrea de bitola de 1,60 m e novos armazéns para guarda de mercadorias, compunham as obras do porto organizado nascente, cujo passado longínquo iniciara-se com o feitor Braz Cubas, integrante da expedição portuguesa de Martim Afonso de Souza, que chegou ao Brasil em janeiro de 1531.
Foi de Braz Cubas a idéia de transferir o porto da baía de Santos para o seu interior, em águas protegidas, inclusive do ataque de piratas, contumazes visitantes e saqueadores do povoado.
Escolhido o sítio denominado Enguaguaçu, no acesso do canal de Bertioga, logo se formou um povoado, motivo para a construção de uma capela e de um hospital, cujas obras se concluíram em 1543. O hospital recebeu o nome de Casa da Misericórdia de Todos os Santos. Em 1546, o povoado foi elevado à condição de Vila do Porto de Santos. Em 1550 instalou-se a Alfândega.
Por mais de três séculos e meio, o Porto de Santos, embora tivesse crescido, manteve-se em padrões estáveis, com o mínimo de mecanização e muita exigência de trabalho físico. Além disso, as condições de higiene e salubridade do porto e da cidade resultaram altamente comprometidas, propiciando o aparecimento de doenças de caráter epidêmico.
O início da operação, em 1867, da São Paulo Railway, ligando, por via ferroviária, a região da Baixada Santista ao Planalto, envolvendo o estuário, melhorou substancialmente o sistema de transportes, com estímulo ao comércio e ao desenvolvimento da cidade e do Estado de S. Paulo.
A cultura do café estendia-se, na ocasião, por todo o Planalto Paulista, atingindo até algumas áreas da Baixada Santista, o que pressionava as autoridades para a necessidade de ampliação e modernização das instalações portuárias. Afinal, o café poderia ser exportado em maior escala e rapidez.
Em 12 de julho de 1888, pelo Decreto nº 9.979, após concorrência pública, o grupo liderado por Cândido Gaffrée e Eduardo Guinle foi autorizado a construir e explorar, por 39 anos, depois ampliado para 90 anos, o Porto de Santos, com base em projeto do engenheiro Sabóia e Silva. Com o objetivo de construir o porto, os concessionários constituiram a empresa Gaffrée, Guinle & Cia., com sede no Rio de Janeiro, mais tarde transformada em Empresa de Melhoramentos do Porto de Santos e, em seguida, em Companhia Docas de Santos.
Inaugurado em 1892, o porto não parou de se expandir, atravessando todos os ciclos de crescimento econômico do país, aparecimento e desaparecimento de tipos de carga, até chegar ao período atual de amplo uso dos contêineres. Açúcar, café, laranja, algodão, adubo, carvão, trigo, sucos cítricos, soja, veículos, granéis líquidos diversos, em milhões de quilos, têm feito o cotidiano do porto, que já movimentou mais de l (um) bilhão de toneladas de cargas diversas, desde 1892, até hoje.
Em 1980, com o término do período legal de concessão da exploração do porto pela Companhia Docas de Santos, o Governo Federal criou a Companhia Docas do Estado de S. Paulo-Codesp, empresa de economia mista, de capital majoritário da União.
Atualmente, o Porto de Santos, movimenta, por ano, mais de 60 milhões de toneladas de cargas diversas, número inimaginável em 1892, quando operou 125 mil toneladas. Com 12 km de cais, entre as duas margens do estuário de Santos, o porto entrou em nova fase de exploração, consequência da Lei 8.630/93, com arrendamento de áreas e instalações à iniciativa privada, mediante licitações públicas.

Déficit de armazenagem pode chegar a 20 mi de toneladas - 26/03/2010

SÃO PAULO - Enquanto o setor agrícola comemora a segunda maior produção de grãos no Brasil, produtores e instituições relacionadas principalmente ao milho esperam para 2011 graves problemas com a armazenagem, quando cerca de 20 milhões de toneladas podem ficar do lado de fora dos silos.
Atualmente, os entraves com a comercialização do grão, devido aos baixos preços, e a colheita recorde de soja, que deveria ocupar o lugar do milho nos armazéns, já têm mostrado que os depósitos brasileiros não comportam o volume a ser escoado.

Drenagem
APROFUNDAMENTO DO CANAL Serviço no cais, esta começando e terá acompanhamento de programas ambientais A Secretaria Especial de Portos e a Codesp confirmaram para amanhã a dragagem de aprofundamento do Canal do Estuário. A obra é tida como o principal projeto de expansão do Porto de Santos. Impactos do empreendimento nas praias serão acompanhados por uma geóloga.
Nova dragagem é o Principal projeto de infraestrutura do Porto de Santos, a dragagem de aprofundamento do Canal do Estuário começará 04/06/10, às 8 horas, segundo a Secretaria Especial de Portos (SEP) e a Codesp. A expectativa é que os usuários do complexo marítimo comecem a se beneficiar da obra em meados ainda deste ano.

NORMAS REGULAMENTADORAS PARA PREVENÇÃO DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL
MOVIMENTAÇÃO DE GRANÉIS SÓLIDOS - ENXOFRE


OBJETIVO
Evitar a emanação de gases, eliminar o acúmulo de produto nas áreas de movimentação e os equipamentos que possam vir a contaminar o solo e o sistema de águas pluviais, eliminar definitivamente a queda de produto no mar.

PENALIDADES
As previstas nas Leis Nº 8.630/93, 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), as criadas pela Lei Estadual Nº 6.536/89 e em contrato.




Sistema de Proteção e Combate Contra Incêndios

1. Obrigações do Responsável pelo Terminal
1.1 -Os equipamentos de proteção e combate contra incêndio devem estar aferidos e devidamente aprovados pelo(s) orgão(s) competente(s) e de segurança ocupacional da Empresa.

1.2 - Esses equipamentos devem ser inspecionados semanalmente pelo pessoal de segurança ocupacional.

1.3 - Os funcionários do terminal devem, obrigatoriamente, frequentar o programa de treinamento periódico.

Medidas Para a Prevenção da Contaminação Ambiental
1. Obrigações do Operador Portuário
1.1 - Quando se tornar perceptível no ar o odor característico do gás sulfídrico (H2S), as operações devem ser imediatamente paralisadas e os porões do navio fechados, até o retorno de condições favoráveis à dispersão dos gases na atmosfera, ocasião em que a operação de descarga poderá ter prosseguimento.

1.2 - Os equipamentos e as áreas utilizados na movimentação de enxofre devem ser limpos imediatamente após o término da descarga do navio.

1.3 - As operações em embarcações só poderão ser iniciadas após a colocação de anteparos entre elas e o pier de atracação, a fim de evitar a queda de produto no mar.

2. Obrigações de Responsável pelo Terminal
2.1 - As áreas de circulação rodoviária/ferroviária devem ser limpas diariamente, através de varredura, e seu produto recolhido para a área destinada a essa finalidade.

2.2 - As pilhas de enxofre devem ser "protegidas", a fim de evitar o arraste do produto pelos ventos.

2.3 - A circulação de veículos no pátio de estocagem deve ser organizado de maneira a limitar os setores de entrada/saída para carregamento.

2.4 - Verificar o sistema de vedação dos veículos de transporte rodoviário/ferroviário, recusando aqueles que não apresentarem condições adequadas ao serviço.


Logística Reversa
Há sete anos o auditor ambiental Marcelo Oliveira percebeu um desafio e uma falha no mercado de celulares e outros eletrônicos: a falta de organização logística para cumprir a normas legais de disposição de baterias. Hoje, Oliveira é o principal coletor da maioria das operadoras e já estuda entrar na logística reversa do setor de informática e outros eletrônicos, Oliveira informou à Revista Sustentabilidade.
Há sete anos o auditor ambiental Marcelo Oliveira percebeu um desafio e uma falha no mercado de celulares e outros eletrônicos: a falta de organização logística para cumprir a normas legais de disposição de baterias. Hoje, Oliveira é o principal coletor da maioria das operadoras e já estuda entrar na logística reversa do setor de informática e outros eletrônicos, Oliveira informou à Revista Sustentabilidade.
"Investimos [neste setor] porque não tinha gente fazendo," lembrou.


Ele comanda a GM&C, uma empresa com 50 funcionários contratados e coordena uma rede de coletores terceirizados que coletam por mês, em 10 mil pontos no país, 20Kg a 30Kg de baterias e celulares de várias operadoras nacionais para entregar para as grandes recicladoras.
Oliveira afirmou que o mercado vem crescendo a taxas de 70% ao ano, estimulado pela maior consciência da população, a crescente fiscalização das leis ambientais e pelo fato das operadoras agora terem uma receita com a venda dos celulares usados.
"Quando comecei, a operadoras pagavam para as recicladoras receberem o material, hoje as recicladoras pagam por ele", explicou.
Um quilo de celular usado hoje pode valer entre R$1 e R$3 enquanto a bateria vale entre R$ 0,20 e R$ 0,60 centavos.
A lógica do negócio é que o processamento das cinco recicladoras melhorou e agora permitem a produção de insumos reciclados.
"Tudo que chega é reciclado," disse.
O plástico triturado é usado como insumo energético, enquanto o processo permite a recuperação dos metais das placas para revenda. Os metais pesados das baterias, que são totalmente controlado pelo governo, também são reutilizados, explicou o empresário.
O grande investimento feito pela GM&C foi, de fato, no desenvolvimento de um programa de computador, suportado na Internet, que permite coordenar as coletas nos país inteiro e entregar o material para as recicladoras.
O sistema permite o envio do coletor a qualquer ponto de venda de um operadora que já encheu um depósito, além de controlar o volume coletado, pré-processado e entregue às empresas recicladoras, pois as baterias, tendo metais pesados com o lítio e cadmio, são controlados.
Por isso, a empresa teve que também investir no treinamento dos funcionários para triar e lidar com este material. Além disso, é preciso fazer auditoria no processo para garantir a segurança.
Mesmo com este esforço, o mercado é ainda incipiente, pois apenas 2% de todos os celulares descartados são reciclados. Este é um mercado em franca expansão, pois já existem mais de 130 milhões de aparelhos celulares ativados no Brasil, um crescimento anual de mais de 20%.
Oliveira diz que esta expansão aponta para o crescimento de seu serviço de logística reversa e que alguns vão deixar de exportar o material. Segundo ele, a motivação hoje está além da obrigação legal, já que as empresas estão começando a incorporar a questão ambiental nas suas políticas e já perceberam as vantagens da reciclagem

Armazenagem e Logística

Muitas variáveis entram na análise para decisão de se buscar a opção de um processo operacional de armazenagem de mercadorias e produtos na logística. Considerando que armazenagem é a administração do espaço que se dispõe para manter os estoques, logo percebemos que trata-se de uma atividade que necessita de um alto grau de planejamento, pois quando tratamos com armazenagem estamos relacionados diretamente a algumas condições chaves para o seu satisfatório desempenho como:
Localização: onde recomenda-se priorizar estruturas de armazenagem com boa localização geográfica com vias de acesso facilitado de modo que beneficie o trânsito dos meios de transporte;
Espaço físico: o tamanho (dimensão) da área destinada à armazenagem deve ser compatível (suficiente) para o que se destina e que facilite as operações internas de movimentação de cargas e aos meios de transporte a serem utilizados;
Arranjo físico: utilizar na estrutura de armazenagem o que melhor se adequar às necessidades e características dos produtos, visando otimizar espaços que possibilitem receber maior quantidade de itens com a menor quantidade possível de movimentação interna, bem como analisar a melhor opção de transporte interno para movimentação dos produtos, facilitar acessos e reduzir movimentos desnecessários de trabalhadores envolvidos na operação, diminuindo desta forma pontos de refugos e retrabalhos;
Sistemas de informações: refere-se às tecnologias aplicadas para o gerenciamento da armazenagem, operar com sistemas de TI que melhor se modelar para a atividade desenvolvida, primando por eficiência em controles de recebimento e expedição, localização de itens, transferências de produtos, kanban eletrônico, EDI etc;
Recursos humanos: representa grande parte do custo total, dessa forma, deve ser composta por pessoas qualificadas aumentando a chance de sucesso do empreendimento.
A armazenagem possue ainda um aspecto de elevada consideração que é a capacidade de causar impacto direto nos custos do negócio como um todo, pois assimila significativa parcela dos custos logísticos considerados à cadeia como um todo.
Pode ser justificada a opção pela armazenagem de produtos seja em qualquer fase (matéria-prima, semi-acabado ou acabado), pela autonomia que se pode ganhar sobre a linha de ação a ser tomada frente às prioridades aparentes do mercado como: variáveis envolvendo o mercado de transporte quando das suas oscilações, administração entre demanda e oferta, auxílio estratégico para o processo de produção e como apoio comercial e ferramenta de marketing.
Partindo para uma análise mais detalhada, vamos observar que, quando falamos em redução de custos de transporte, temos a intensão de desonerar valores gastos com movimentações desnecessárias ou excessivas dos produtos ao longo da cadeia, o que obviamente causará custos agregados ao produto final, onde estrategicamente a opção pela armazenagem operacionalmente bem aplicada, pode ser uma alternativa interessante também economicamente.


A coordenação entre demanda e oferta, servem muito para estudos de processos produtivos que trabalham com sazonalidades de seus produtos, visto que a coordenação entre demanda e oferta desproporcional torna-se muito cara para o conjunto do negócio, onde a armazenagem para estes momentos pode proporcionar a produção regular o que poderá ajudar muito na equalização dos custos médios;
Como requisito básico em armazenagem, não podemos deixar de citar que o sucesso desta atividade depende também muito da agilidade da etapa recebimento e expedição dos produtos, onde o sistema rápido de transferência de carga visando imobilizar o menor tempo possível os meios de transporte, é fator decisivo para o sucesso do processo.
A definição pela armazenagem é uma decisão estratégica que passa por um amplo planejamento, considerando as necessidades e o nível de serviço que se deseja oferecer ao cliente.

Referências:

LAMBERT, R., COOPER, M., PAGH. C. Supply Chain Management: implementation issues and research opportunities. The International Journal of Logistics Management

Programa de Qualidade
Resumo

Atualmente, valoriza-se muito a agilidade e flexibilidade das empresas, que lhes permita entregar produtos mais ajustados às necessidades individuais de cada cliente. A indústria vem de longa data, desenvolvendo e implementando técnicas e métodos produtivos e de logística neste sentido. Este artigo faz um levantamento das melhores praticas utilizada na gestão dos serviços logísticos dentro de toda a cadeia de suprimentos.

Também é estabelecido um panorama do grau de conhecimento e utilização das técnicas e métodos propostos pela indústria brasileira, com base em artigos e estudo de casos.

Introdução

A terminologia de “Qualidade” é algo que está já enraizado no pensamento dos consumidores finais. O simples fato de uma empresa estar certificada garante-lhe, teoricamente, uma maior vantagem competitiva. Por vezes, nem sempre isso acontece, pois cada cliente é único e percebe a Qualidade da empresa, dos seus produtos e/ou serviços de forma diferente.

Entende-se por Qualidade o atendimento das necessidades do cliente continuamente. Baseia-se na prevenção de aspectos relativos à não-qualidade tais como: erros, defeitos na realização de serviços e produção de bens, tempo desperdiçado, demoras, falhas, falta de segurança nas condições de trabalho, erro na compra de produtos, serviço desnecessário e produtos inseguros.
Há algumas características associadas a serviços que diferenciam essa atividade da fabricação de produtos e, por isso, precisam ser consideradas, quando aplicadas as técnicas de qualidade.

Revisão de Literatura

Para Ballou (1993, p. 73), “Nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo
de bens ou serviços é gerenciada. É o resultado líquido de todos os esforços logísticos da  firma. É o desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes no atendimento dos pedidos. O nível de serviço logístico é o fator chave do conjunto de valores logísticos que as empresas oferecem a seus clientes para assegurar sua fidelidade. “Como o nível de serviço logístico está associado aos custos de prover esse serviço, o planejamento da movimentação de bens e serviços deve iniciar-se com as necessidades de desempenho dos clientes no atendimento de seus pedidos”.

O serviço ao cliente pode ser mensurado em termos da disponibilidade de materiais, desempenho operacional e confiabilidade. Nesse sentido, a disponibilidade relaciona-se com a manutenção de estoques para o pronto atendimento das necessidades dos clientes. O desempenho operacional refere-se ao tempo incorrido desde o pedido da mercadoria até a entrega da mesma ao consumidor final, enquanto a confiabilidade mede a pontualidade das entregas, isto é, o efetivo cumprimento dos prazos de entregas previamente acordados com os clientes (BOWERSOX e CLOSS ,1996).



Desenvolvimento

No entanto, se percebe que as demandas por serviços logísticos passam por um processo de transformação. Neste momento em  que o mercado busca por empresas que ofereçam não só operações de transporte, manuseio, carga, descarga, controle de estoques e outras. O mercado deseja empresas que agreguem valor através da melhoria da qualidade dos serviços, possibilidades de otimização dos custos totais dos serviços logísticos, melhoria no relacionamento entre os elos da cadeia logística, capacidade de inovação tecnológica e processos mais ágeis e simples.

Características identificadas sobre serviços de logística:
Serviços são produzidos e consumidos simultaneamente, ou seja, não podem ser estocados para serem consumidos posteriormente, e isto significa que qualquer defeito na produção do serviço já afetou o consumidor, o que não ocorre necessariamente na produção de bens.

Na indústria é possível prevenir a ocorrência de defeitos, antes que o mesmo seja oferecido ao mercado. Na prestação de serviços, o cliente geralmente percebe os defeitos embora o prestador de serviço nem sempre, e isso afeta a satisfação do cliente. É mais fácil mensurar possíveis erros no processo produtivo, enquanto no setor de serviços os defeitos ficam mais facilmente encobertos. Como, por exemplo, quantificar a perda de venda quando se atende mal um cliente ou quando não se realiza um bom serviço de pós-vendas.
Na prestação de serviços quem o presta, freqüentemente fica distante de quem o controla. As necessidades e preferências do cliente constituem o coração de qualquer programa de qualidade total. Um dos papas da qualidade total, o Dr. Deming, apresentou 14 pontos fundamentais a serem observados na implantação de um programa de qualidade na área de serviços logísticos que são apresentados sucintamente abaixo:

a. Crie uma visão consistente para a melhoria de um produto ou serviço objetivando tornar-se competitivo e manter-se em atividade.
b. Adote a nova filosofia e assuma a sua liderança na empresa.
c. Termine com a dependência da inspecção como via para a qualidade.
d.Minimize os custos com a selecção de um fornecedor preferencial.
e. Melhore de uma forma constante e contínua cada processo.
f. Promova a aprendizagem no terreno (training on the job).
g. Encare a liderança como algo que todos podem aprender.
h. Não lidere com base no medo. Evite usar um estilo autoritário de gestão.
i. Destrua as barreiras entre os departamentos funcionais.
j. 0 Elimine as campanhas ou slogans com base na imposição de metas.
l. Abandone a gestão por objetivos com base em indicadores quantitativos.
k. Não classifique o desempenho dos trabalhadores ordenando-os por ranking.
m. Crie um ambicioso programa de formação para todos os empregadores.
n. Imponha a mudança como sendo uma tarefa de todos os trabalhadores.

Ballou (1995) diz que conseguir confiabilidade nos serviços logísticos é uma questão, portanto, de estabelecer patamares de atividades logísticas que proporcionem o nível de serviço logístico planejado e esperado pelo cliente, que por sua vez está alinhado ao nível de serviço que este espera proporcionar ao seu cliente. Entretanto, antes de iniciar estas medidas, é importante identificar os elementos-chave que determinam o serviço e determinar as necessidades de serviço dos clientes e como elas podem ser medidas. Ou seja, medir o nível de serviço logístico não é de grande valia, a menos que as necessidades de serviço do cliente possam ser estimadas.


De posse destes grupos, formados pela contraposição, pode-se finalmente operacionalizar as necessidades e armadilhas para prestar um serviço logístico de alta confiabilidade, tais como:

- Capacidade Técnica: Agrupa fatores que estão relacionados à infra-estrutura do PSL (pessoal, tecnologia, equipamentos etc.), know how, experiência e competências, não só disponíveis hoje, mas também em relação a sua disposição em fazer investimentos com o intuito de melhor atender às necessidades dos clientes;
- Flexibilidade: Refere-se à capacidade de adequação e adaptação, de forma rápida, às necessidades não previstas do cliente. A falta de comprometimento do cliente com a parceria pode fazer com que a flexibilidade venha representar custos elevados;
- Sistemas de Informação: Refere-se à disposição de criação de um canal de comunicação,

Os indicadores de desempenho logístico podem monitorar a qualidade das atividades logísticas internas à empresa ou a de seus parceiros (fornecedores).
Quanto ao âmbito, podem ser:

Interno: Monitoram o desempenho dos processos internos à empresa (Ex.:
giro de estoques, ruptura de estoque, etc.)
Externo: Monitoram o desempenho dos serviços prestados pelos parceiros
(fornecedores) da empresa. (Ex. entregas realizadas dentro do
prazo, tempo de ressuprimento do fornecedor, etc.)

Conclusão

A busca por eficiência tem como pré-requisito a alta qualidade dos serviços prestados ao cliente final. Atualmente para se atingir esse objetivo não basta apenas ter o aprimoramento das atividades internas da empresa, e preciso lembrar que o serviço só termina quando ocorre o pós-venda. Por isso é fundamental também que exista um alto nível de integração entre os parceiros de uma mesma cadeia, ou seja cliente e fornecedor.

Concluindo, não podemos esquecer que, tão importante quanto o estabelecimento da estratégia e a definição dos indicadores de desempenho as empresas precisam investir na formação da equipe necessária para transformar em ação o que foi planejado e corrigir o rumo do que está fora das metas estabelecidas.







Referência Bibliográficas
 
BALLOU, R. H. (1995) - Logística Empresarial. Atlas. São Paulo.
BERRY, L.L. & PARASURAMAN, A. (1992) - Serviços

EXERCÍCIO
    1. Faça uma resenha sobre os  temas;  programa de qualidade e Armazenagem,  e Logística Reversa.
(Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições, shows etc.
O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural que cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com todo esse conteúdo.
Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. O resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.
No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso recorrermos ao erro de sermos superficiais demais. Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais características do fato cultural, sejam elas boas ou ruins, mas sem esquecer de argumentar em determinados pontos e nunca usar expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”.)